sábado, 31 de dezembro de 2011

PARTIDA SEM REGRESSO


 
Hoje parto definitivamente para um lugar sem regresso. Não levo saudades, tudo correu mal, hoje será o meu último presente. Dizem que é o nosso karma e que regressaremos de novo a este mundo encarnando outra figura, outra alma. Oxalá fosse verdade que regressasse renovado espalhando amor, alegria felicidade, sem egoísmos para todos.
Parto sem saudades, muitos foram os dias que neste sofri. E no final somente uma réstia de sol surgiu que me animou, e alguns dias de intenso amor, mas ainda periclitante. É  a réstia que me sobra para na próxima vinda, eu possa gostar de cá estar.
Economicamente foi tudo muito mau, e no aspecto humano e social tudo deixa a desejar, por isso, como já disse, parto sem me preocupar com as memorias decorridas mas com fé de que tudo irá melhorar.
Só me resta desejar-lhes um novo ano feliz que 2012, seja efectivamente aquilo que todos anseiam. Eu por mim já cá não estarei.



Um abraço
O Ano Velho

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

A noite em que o sol brilhou


A noite iniciara o seu caminho, quando para seu espanto o sol brilhou.
Sem raios visíveis, mas em teias de palavras, que geraram energias, motivaram crenças, trouxeram alegrias.
Encadeados os olhos se fecharam. Na mente os pensamentos partem para outras paragens.
Deixou-se ir na brisa acontecida sem ter a noção da partida. Só sabia que naquela noite o sol brilhou, mas não sabia como a brisa o levou.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

A mar



Na praia onde o mar se desfaz, sinto o cheiro da maresia e a presença do teu corpo deslizando como grãos de areia entre os meus dedos.

As dunas do teu corpo são o espaço que percorro protegendo-me da perda de ti.

O beijo da água salgada traz-me o sabor das lágrimas de prazer que escorrem dos teus lábios.

E aquele pedaço de pano matizado de flores largado no chão, resta esperando, fazendo memória.

A'mar

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

NASCIDA DE ABRIL


Há trinta e seis anos, veio ao mundo uma menina, nascida de Abril.

Nascida de Abril, porque foi elaborada e apaparicada no ventre de sua mãe, num período da vida deste país, em que a Revolução dos Cravos estava florescer, plena de entusiasmo e participação plural de todos os portugueses. Foi um período rico de vivências de Portugal. Foi um período rico de vivências de teus pais, que cheios de criatividade e vontade davam o seu pequeno contributo para se fazer história. Três amores conviviam, sem que um descurasse o outro. Amor de dois seres humanos, o amor à sua filha e o amor à revolução.
Durante alguns anos o teu crescimento, foi feito no caldo da revolução de Abril, e quanto mais não fosse, ganhaste o “berço” necessário para perceber o que são os interesses maiores e razão de ser das sociedades.

Hoje é o dia do teu aniversário e meu maior desejo, é que tu o festejes com a esperança renovada de que o mundo terá um futuro melhor, mesmo quando nos ameaçam do contrário, mesmo que sabendo que teremos uma outra revolução de Abril. E também quero que saibas, que para o melhor, ou para o pior sempre cá estamos, os que te amam, para te apoiar e ajudar a superar.

Vai ao sítio mais alto que encontrares, e grita a plenos pulmões a tua alegria de existires.

AMIGOS PARA SEMPRE

AMIGOS PARA SEMPRE ... Depois de perder os pais. esse orangotango de três anos de idade estava tão deprimido que se recusava a comer e não respondia muito bem aos tratamentos e remédios. Os veterinários achavam que ele iria se entregar à morte. O velho cão foi encontrado perdido nos arredores do zoológico, e quando levado para dentro da sala de tratamento, se encontrou com o orangotango, e os dois se tornaram amigos inseparáveis desde então. 

Que será necessário fazer para que os seres humanos, independentemente de raça, credo, origem geográfica ou económica, aprendam com os animais, e usem a inteligência de que são dotados, para se comportarem melhor que os animais? A amizade e o amor, não vivem de jogos de poder, entre pares, nem cobranças, nem guerras, mas de fraternidade, solidariedade, companheirismo e muita alegria de viver.
Todos os anos no final do ano, se fazem votos disto e daquilo em relação ao novo ano que se aproxima, talvez seja a melhor aprendizagem para todos:

Dar sempre ao outro mais do que esperamos, para receber sem esperar, mais do que qualquer outro.

domingo, 25 de dezembro de 2011

"EU CONSIGO"!!!!!



Os que dizem “Não consigo”, normalmente são os que dizem aos outros, que eles sempre tiveram apoio, que são pessoas com sorte. Com esta atitude refugiam-se, e escondem a sua incapacidade para superarem os desafios, ou para lutar por aquilo que dizem desejar.
Infelizmente são muitos os exemplos de pessoas, a quem a falta de franqueza, de honestidade, valores sociais e culturais, usa este tipo de argumentação. 



Maria João Costa Félix , no seu livro, “Bem estar interior.” Expõe de forma clara esta problemática.


“Quem tem a chamada sorte sabe o trabalho que, por vezes, dá. O muito que exige. Uma fidelidade a si mesmo. Um manter-se interiormente erecto também em momentos de desalento. Uma atenção, uma honestidade e um discernimento constante face aos desafios da vida. Frequentemente, uma ousadia. Ou uma paciência.

Viver nunca é fácil, mesmo para aqueles para quem aparentemente o é. Podemos é optimizar as dificuldades e virá-las a nosso favor, ou permitir-lhes que nos deitem abaixo.
Acreditar não é uma capacidade que uns seja dada enquanto que a outros é negada, como frequentemente se pensa.
Todos nós temos caminhos a percorrer. E, só à medida que avançamos com os nossos próprios pés, carregando com os fardos que nos pertencem, é que ele se nos vai definindo.
Há porém quem o recuse. Quem, ao sentir que ao andar para a frente é difícil, se ache no direito de descarregar para cima de alguém. De pedir satisfações à vida zangando-se com ela.”
....
“Dizer: “Não consigo” – mesmo que para nós mesmos – é como virar as costas à vida. Desligar a ficha que nos liga à corrente da energia universal. Pretender controlar todos os dados de uma situação. Ter medo da porta em aberto. Recusar a esperança. A confiança.”
...
“Ao dizermos ”Não consigo”, estamos a recusar aceitar a responsabilidade pela nossa própria vida, pela resolução dos nossos problemas, Como que a pedir – mas sem ousar fazê-lo – que alguém nos pegue ao colo e, de uma forma ou de outra, se substitua a nós naquilo que nos compete.
Estamos a recusar a abertura à fonte do verdadeiro e único amparo – que só na confiança em nos mesmos se encontra.”


As pessoas têm de ultrapassar os seu medos, e superar, a educação medíocre que as novas sociedades lhes querem impor, usando uma linguagem e princípios de fidelidade, honestidade e franqueza, que, embora nem sempre fácil, será sempre o mais correcto no respeito pelo outro. Enfrentem a tempestade e conquistem no presente o seu futuro, vão à luta. Substituam ”Não consigo”, por um forte ”EU CONSIGO”

sábado, 24 de dezembro de 2011

Como a suave brisa no deserto

Deixei que partissem as últimas palavras.
Partissem na brisa do vento, quentes e suavemente aromatizadas pelas especiarias do amor feito sem pressa. Vogando nas dunas do deserto , como no universo dos sentimentos vivem os amantes seus amores.