quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

NO SILÊNCIO DA NOITE FICOU

Continuava a vaguear perdido na noite.

Circulando à volta da mesa, caminhando madrugada dentro, na dissertação matemática, entre distância e silêncio.

Carregou teclas, deletou, recomeçou, novamente escreveu palavras construindo frases, frases cheias de ideias, de emoções. Distância, silêncio, pausa, tempo. ligadas a emoções e a razões. O espaço da folha tornava-se cada vez mais branco, e mais difícil encontrar as palavras adequadas, para descrever o que sentia.

Perdia-se sem descobrir a razão

Pensava na raiz quadrada, na medição do som, ele não via nada que alterasse a sua emoção. Bebia chá, comia bolachas e a noite decorria, sem a calma chegar, na sua procura matemática não sabia por onde começar. Se na noite ou no dia que estava a chegar.

Continuou a vaguear perdido na noite.

A palavra saudade, surgiu na equação, e tudo mudou, saudade, não é objecto de amor, é medo, perda, sentimento de distância e silêncio. A resolução da incógnita não se encontrou.A explicação não chegou.

No silêncio da noite ficou

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