terça-feira, 5 de junho de 2012

DeIxA QuE eU Me riA



Deixa que eu me ria
Que eu gargalhe fundo no meu íntimo
Deixa que transvaze esta ironia
Este remoque que me sufoca e asfixia
Esta farsa que se alastra e se apega
Que contagia.

Deixa que eu me ria
Que não goteje a mágoa deste dia
Que não lacrimeje, que não atormente
Que não chore, simplesmente.

Deixa que eu me ria
Que meu riso, mesmo hipocrisia
Me liberte, me afaste, me alivie
Me isente desse embuste que atrofia
Deste mundo falsário e pecaminoso
Deste perjuro, falso e doloso,

Deixa que eu me ria
Deixa que eu me ria!

do livro de poesia
Mentes Perversas
(… e outras conversas!)
Ana Paula Lavado


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