terça-feira, 17 de dezembro de 2013

SÃO ÁRVORES SENHOR..



Estão sós, como que perdidas. E mesmo assim desnudas, tem uma presença e beleza incríveis na paisagem.

Vestem e despem-se de acordo com a estação do ano, Tomam diferentes aspectos e riqueza, como seguissem a moda. Na sua maioria, mantêm a sua estrutura e crescem atingindo algumas grande porte, Outras há, que têm quem as cuida, alimentando-as e melhorando a sua qualidade, aparando e alterando a sua forma.
Seus troncos e pequenos galhos despidos, quando aparados, rasgam o espaço, desenhando-se contra céu como esqueletos, ou fantasmas...onde os pássaros não encontram, nem comida nem abrigo, por isso evitam-nas.

O nosso olhar e pensamento, tornam-se estranhos quando as observamos, Elas parecem transportar para nós uma certa nostalgia, como se a perda das suas roupagens fosse culpa nossa, e as quiséssemos aconchegar e proteger, até ao renascer da primavera.

Tão despidas e nuas, como nós quando perdemos o pé nas escadas da vida. Elas quase sempre renascem com mais vigor e com novas roupagens, Nós, os humanos, muitas vezes nos perdemos, sem nunca voltar a renascer.

DC

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