terça-feira, 8 de abril de 2014

Doendo, na pele...



.... vivem os silêncios, Eles nos esmagam no correr dos dias, pela noite, são fantasmas que escorrem pelas paredes. Não é um silêncio qualquer, é um silêncio que se vai construindo dentro de nós, Silêncio das ausências dos que amamos e que partiram definitivamente, silêncio dos que ainda vivos, se vão afastando, ou afastamos por esta ou aquela razão. Silêncios, e silêncios, alguns tão perturbadores. Há amigos, familiares, vizinhos, colegas de trabalho, da politica, enfim de vários lugares e quadrantes da nossa vida pessoal e social, que desapareceram com as suas vidas para outros lugares, para outras vivências e nos deixam o seu silêncio, um silêncio ensurdecedor. E ficamos com todos os silêncios em dentro de nós. O nosso silêncio que nem sempre é desagradável e o silêncio em que nos deixam.
Quanto mais os anos passam, mais os silêncios se entranham, fazendo crescer muros...E a nossa sociedade chamada de “moderna”, dá um empurrão forte para nos silenciar.

DC