"O silêncio é o tempo perfurado
por ruídos" - Marc de Smedt
Tantas vezes, tantas horas e desoras,
o silêncio aconteceu para se pronunciar a meu favor, defendendo-me da agressão
que não queria, da presença nefasta, do ruído que incomoda em diferentes momentos.
Silêncio sugestão do que se não diz.
Não temo o silêncio, sempre que ele é opção pessoal, que não fecho de boca, nem violência na liberdade de dizer, mas a mudez assumida. Tenho-o como companheiro íntimo de horas más, em que me ajuda a encontrar a solução, a ideia, a evitar o disparate de abrir a boca a quente, sem ponderar o que dela sai, de me impedir ser frágil por incontinência emocional, que me trás a calma, que me ajuda a ser mais forte. Tenho-o presente também nas horas boas, no “aquecer dos motores” para avançar, gozar do êxito no meu recato, rir-me dos que previam o meu fracasso, orgulhar-me sozinho do meu sucesso, sem parecer arrogante aos olhos transversos dos que sempre esperam a escorregadela, de viver na harmonia do ruído que completa esse silêncio só meu.
É ele que me entende melhor, porque não questiona a minha opção de o ter perto, de querer ficar ali olhando o infinito, não questionando o meu propósito, de me abraçar puramente pelo gozo da entrega.
Há quem precise de realizar as emoções, possuindo um carro, dinheiro, ou outros bens materiais, eu consolo-me em possuir esta liberdade de não ser incomodado, por todos os que não quero, por tudo o que não desejo.
Aprender com o silêncio é uma arma poderosa, para travar o discurso prolixo, a raiva descomandada, o infernizar dos dias. Aprender com o silêncio a navegar em águas calmas, na mudez das palavras, na ausência do gesto, no recuperar da nossa intimidade.
No agora, fico-me repousando o olhar nas lombadas dos livros, esses amigos eternos e silenciosos que me suportam.
Não temo o silêncio, sempre que ele é opção pessoal, que não fecho de boca, nem violência na liberdade de dizer, mas a mudez assumida. Tenho-o como companheiro íntimo de horas más, em que me ajuda a encontrar a solução, a ideia, a evitar o disparate de abrir a boca a quente, sem ponderar o que dela sai, de me impedir ser frágil por incontinência emocional, que me trás a calma, que me ajuda a ser mais forte. Tenho-o presente também nas horas boas, no “aquecer dos motores” para avançar, gozar do êxito no meu recato, rir-me dos que previam o meu fracasso, orgulhar-me sozinho do meu sucesso, sem parecer arrogante aos olhos transversos dos que sempre esperam a escorregadela, de viver na harmonia do ruído que completa esse silêncio só meu.
É ele que me entende melhor, porque não questiona a minha opção de o ter perto, de querer ficar ali olhando o infinito, não questionando o meu propósito, de me abraçar puramente pelo gozo da entrega.
Há quem precise de realizar as emoções, possuindo um carro, dinheiro, ou outros bens materiais, eu consolo-me em possuir esta liberdade de não ser incomodado, por todos os que não quero, por tudo o que não desejo.
Aprender com o silêncio é uma arma poderosa, para travar o discurso prolixo, a raiva descomandada, o infernizar dos dias. Aprender com o silêncio a navegar em águas calmas, na mudez das palavras, na ausência do gesto, no recuperar da nossa intimidade.
No agora, fico-me repousando o olhar nas lombadas dos livros, esses amigos eternos e silenciosos que me suportam.
dc
Se a palavra que vais dizer não é mais
bela que o silêncio, não a digas
-Parábola Sufi
-Parábola Sufi
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