segunda-feira, 22 de abril de 2019

"Trapos velhos"


A notícia comenta que um homem morreu aos quarenta e cinco anos de morte súbita, uma outra saúda dois idosos que aos oitenta e muitos se apaixonaram e casaram, e uma última conta que um casal, tendo ela vinte oito anos e ele cinquenta e seis, se tornaram pais de uma criança, nascida do seu relacionamento, e que continuam apaixonados.
Ele próprio certamente não gostaria que o deixassem entardecer com a convicção de que não há tempo de recomeçar, muito menos, que o rotulem com a treta da “maturidade” tirando-lhe a oportunidade de viver. Quem, avalia quem e se atreve a designar o que é certo, ou errado, quem determina a idade de nos apaixonarmos? Temos um tempo que nos foge, não nos impeçam de ser felizes, não estabeleçam os padrões que vos são fáceis de caracterizar, mas longe da vivência de cada um, da sua forma de encarar a vida, dos cuidados que teve para se preservar activo, saudável, capaz! Somos bons para que a reforma seja aos setenta, quanto ao resto que se lixem esses “trapos velhos”, será assim?

dc 


Sem comentários:

Enviar um comentário