Chegou de mansinho, pé ante pé, dominando o fim do dia. Olhei o telhado, não havia gatos, nem uivavam os lobos, era mais uma lua dos namorados, que nas mesas se enredavam de braços, pernas se tocando e ameaças de beijo. Os sorrisos mais que muitos, e entre o lusco-fusco da mudança da luz derramavam segredos, em conversas, pé de orelha. Fiquei na dúvida, se seria a lua a razão do que acontecia, ou se a lua só vinha fechar o dia. O sol se fora e a noite ainda não escurecida, servia como espaço etéreo, para os felizes que adoçavam o seu mundo.
dc
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