sábado, 1 de junho de 2013

AO MEU AMIGO 8888





....naquele tempo. ele escrevia sem pensar que se tornaria vítima de um engano tenebroso que o tornaria incapaz de reagir. Nunca lhe passara pela cabeça que as coisas poderiam ser graves e tudo se alteraria. Vivia aquele presente, que eu acompanhei, com toda a energia e esperança de que o projecto que esboçava se realizaria. O amor tem destas coisas. A vida pregou-lhe uma partida, e hoje resta inerte sem solução, nem presente vivido, nem futuro a realizar... há sempre coisas que são exteriores a nós que não dominamos, nem estamos devidamente preparados para que aconteçam.
Uma forte abraço amigo, e espero que regresses às origens, retemperado e disposto a voltar a fazer o que bem sabes.

....

Paris, 23 Janeiro 2013


Escrevo-te em celebração

Deste-me nas palavras escritas, um sonho, que prometemos acreditar.
Deste-me o balanço para construir algo de novo, suprindo dificuldades e acreditando num novo projecto.

Entendeu-se a distância com um fim a acontecer, e nunca um meio de matar ou morrer.

Fizeste-me acreditar que não há situações irreversíveis, que se pode construir algo novo e duradouro, mesmo que adversidade nos fatigue, mesmo que seja difícil a solução, mesmo sendo esta dolorosa, mas muito mais realizável do que uma ferida sempre aberta.

Beijamo-nos de renascimento, cruzamo-nos em novas promessas fizemos caminhos melhoramos ideias. Quero acreditar que no futuro somos mais do que um jogo de disputa de poder, ou de quem tem razão ou deixa de ter. Não se trata de razões mas de sentir, mais do que dizer, fazer mais do que temer, e acima de tudo acreditar que ambos querem acima de tudo estar e como um par viver.

As palavras de amor nem sempre surgem, no entanto elas estão no calor com te espero, no prazer de te estar sempre a descobrir.

Quero concentrar-me em realizar, sem medos para que tudo dê certo, não deixando que os muros nos limitem.

Quero-te vida, na pele, na palavra, no beijo no abraço das noites e dias em que cansados de tantos nos termos, restamos parados no tempo eterno do encontro.

Quero-te com a certeza de que os egos de dois não são maiores que a soma das partes.

Quero-te porque acredito que tenhas as peças certas, no puzzle certo, para o desenho certo.

Eu disse um dia, que eras a “minha flor”. Hoje eu quero-te flor desabrochando em pétalas coloridas pela alegria de cada dia que passa, confiando sem desfalecimento mesmo quando a dor arrasa, porque acreditas que eu posso ser a terra e o adubo da tua existência, e, que eu serei a saudável certeza de que assim acontecerá.

Beijos

Teu









quinta-feira, 30 de maio de 2013

MUDAR POR DENTRO



À mulher de César não basta sê-lo. Tem de parecê-lo!

Viraria a frase ao contrário e mudando o tema diria:

Para mudar não basta dizer. Tem de se fazer!

A prática e o tempo aí estão para provar, se a mudança se verificou. Não raro queremos mudar e não o conseguimos, em especial, se não tomarmos consciência das razões de o fazer, sem nos perdermos de quem somos, e que, o primeiro passo, é começar por dentro de nós próprios. Mudar é vontade, humildade, força, capacidade, aprendizagem, saber errar e corrigir, demonstrar.

Quando as incógnitas da equação não são resolvidas, não é a matemática que está errada, mas a capacidade e as opções escolhidas de quem as quer resolver, julgo eu.

UMA PARTE FOI ASSIM



Quando quero partir
sinto que estás a chegar
e fico cuidando das flores
que levarás na partida
Pinto o areal, pinto barcos,
o mar no seu azul
e desenho aquela imagem querida
das terras do sul.

Não sabendo como ficar,
nem como partir
fico na noite pintando
vendo as flores surgir
As pinceladas se acumulam
e o motivo vai fluindo
combinando verde, amarelo,
vermelho e azul
tons e cores das paisagens,
que me trazem o sul.

Afinal foste tu que chegaste,
e quando partiste,
levaste uma parte de mim
naquelas imagens pintadas
para te fazer companhia
nas tuas madrugadas.

CC

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Trriimm Trriimm Trriimm....



Trriimm Trriimm Trriimm....
Trriimm Trriimm Trriimm....
Tocava repetidamente

Trriimm Trriimm Trriimm....
Trriimm Trriimm Trriimm....
Tocava insistentemente

Trriimm Trriimm Trriimm....
O som vai-se perdendo
e o ansejo esmorecendo

Trriimm Trriimm Trriimm....
Telefone na mão e olhar parado
até o Trriimm Trriimm ter acabado

De que servia tanta tecnologia
se quando o tempo urgia
ele não a atendia

Voltou a insistir olhando bem
O número que marcava
para ver que não se enganava

Novamente o som se repetia
Trriimm Trriimm Trriimm....
Trriimm Trriimm Trriimm....
Trriimm Trriimm Trriimm....
insistentemente, o eco se ouvia
numa angústia que aumentava
Trriimm....... Trriimm.... .Trriimm....
Trriimm....... o som se perdia
no Trriimm... e sem alma ficava

Ficou seu olhar parado
e a mensagem por dizer
em tanto Trriimm Trriimm ....
a acontecer

Na verdade somente precisava
neste trrrimmm insistente
era dizer que o amava
e quanto vê-lo era urgente

terça-feira, 28 de maio de 2013

AI NARCISO ...e narcisismo

Narciso, de seu nome esta flor tão bonita, tão suave, que tem agarrada a si uma estória tão deplorável sobre o carácter do ser humano. Infelizmente nos dias de hoje ainda para aí proliferam muitas pessoas e sofrendo do mesmo mal, basta ver alguns programas de televisão, e não só, e como tornam a vida difícil aos outros.
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.....
Segundo a mitologia existia uma ninfa bela e graciosa tão jovem quanto Narciso,chamada [[Eco]] e que amava o rapaz em vão. A beleza de Narciso era tão incomparável que ele pensava que era semelhante a um [[Divindade|deus]], comparável à beleza de [[Dionísio]] e [[Apolo]]. Como resultado disso, Narciso rejeitou a afeição de Eco até que esta, desesperada, definhou, deixando apenas um sussurro débil e melancólico. Para dar uma lição ao rapaz frívolo, a deusa [[Nêmesis (mitologia)|Némesis]] condenou Narciso a apaixonar-se pelo seu próprio reflexo na lagoa de Eco. Encantado pela sua própria beleza, Narciso deitou-se no banco do rio e definhou, olhando-se na água e se embelezando.
As ninfas construíram-lhe uma pira, mas quando foram buscar o corpo, apenas encontraram uma flor no seu lugar: o narciso; e então dai o nome narciso a flor.


-Wikepédia

" As pessoas narcisistas interpretam um desacordo ou uma crítica construtiva como um ultraje e uma falta de respeito pelo seu foro íntimo. Em psicologia clínica, é conhecido como o “insulto narcisista”, que não é mais do que hipersensibilidade à critica. Lembremo-nos de que estamos perante uma baixa auto-estima fortificada e que a honestidade tem a virtude de penetrar qualquer defesa. Por essa razão os narcisista odeiam as pessoas assertivas apenas porque dizem, com sinceridade, o que pensam e não se deixam manipular. Este facto explica por que os seus companheiros ou companheiras tendem a ser pessoas submissas, que evitam contrariá-los, seja em que aspecto for."

Walter Riso

 

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Não Desvalorizemos as Pequenas Coisas..





...um rio na sua nascente é um fio de água, que vai engrossando o seu caudal, e  alargando as suas margens até chegar à foz.


As mais pequenas coisas, se tornam grandes coisas, como a ampulheta que com a sua areia acumulando num dos lados, vai marcando os espaços de tempo. São pequenas coisas como esse grão de areia que entram na engrenagem e fazem a grande máquina avariar.


Embora digam que os aforismos são os argumentos do idiota, porque cada um tem o seu contrário, em certas circunstâncias têm a sua razão de ser. Não desvalorizemos as pequenas coisas; “Grão a grão enche a galinha o papo”, “até ao lavar dos cestos é vindima.


É na junção das letras que se formam as palavras e estas as frases que constituem os textos aplicados nas mais diversas formatos, superfícies e temas de escrita, como jornais, revistas e livros e que vão do cientifico ao lúdico.

Em todos os sectores da vida, e em especial nas relações humanas, seria bom termos preocupação de resolver os pequenos atritos, antes que se acumulem tornando insuportável o convívio entre as pessoas. Há quem diga “fazer uma tempestade num copo de água”, no entanto, na verdade se não se resolver essa tempestade, rapidamente, possivelmente essa se transformará numa catástrofe.

Esta pode ser uma verdade de “La Palice” , no entanto o erro de menosprezar as pequenas coisas, continua a cometer-se e muito boa gente anda de candeias às avessas por tais minudências.

DC