Há sempre um “Ah” interrogativo e complicado de entender, que parece veio para ficar na sociedade actual nos relacionamentos das pessoas.
Ah...
...quando julgamos que a nossa liberdade é o mais importante, de repente esperamos que nos prendam, porque queremos a prisão do abraço, do carinho da ternura, do aconchego.
Ah...
...quando abraço chega, a ternura acompanha, o desejo se revela e o prazer nos assola...hum que deliciosa prisão.. que sabores intensos.
Ah...
...quando tudo é realizado, tudo é encontrado, tudo saboreado, se pensa novamente na liberdade sem saber bem qual, e o porquê de nos prendemos à nossa independência, e das vantagens de estarmos sós, como se o outro impedisse, o sós, mesmo quando próximo.
Ah...
... e se avalia, se pensa de mais, se goza de menos, se estraga, se começa a pensar em disparates, do tempo em que estavam sós.
Ah...
... e se ponderam, a liberdade de estar com os amigos - que raramente aparecem, De ir ao cinema quando lhes apetece – raramente o fazem, De querer viajar – raramente podem, A situação económica, etc, etc,.
Ah...
...o ainda explicativo: “não sabes o que foi a minha vida”, “a minha situação é diferente”, “não me venhas dizer como é...”, e .... até se esquecem de parar.
Ah....
...mas “eu quero que seja assim”, “e assado e cozido e frito”, e depois... o pior que podia acontecer... aconteceu.
Arautos da desgraça, até no que mais queremos, acabamos por ter pensamentos pequenos acabando como começamos.....dasssss
DC
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
HÁ SEMPRE UM"Ah"
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terça-feira, 5 de novembro de 2013
A saudade é.....
..... é como uma doença que se agarra na pele e nos mata a vontade, Nos tira a força e nos corrói por dentro.
A saudade é a dor que nos faz o pensamento, repetidamente, regressar ao lugar de partida, Rever o que ficou para trás. É a dor da perda.
Saudade dói como uma ferida em carne viva que parece nunca curar. É ficar sem vontade de futuro.
Saudade é, quando antes de partir já nos faz falta quem deixamos ficar
A saudade nasce da ausência daquilo que gostaríamos que fosse realizado.
como dizia Pablo Neruda:
.....
Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...
....
DC
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domingo, 3 de novembro de 2013
Depois... o silêncio e o saciar do tempo
Agora, com a distância que o tempo me propicia, apercebo-me do efeito, que naquele momento, o teu perfume exerceu em mim...
Estavas de pé encostada à mesa comprida da sala, olhavas com ar distraído algo sobre ela pousado. O preto desenhava elegantemente a tua figura feminina, realçando o teu rosto claro.
Aproximei-me, pé ante pé.
Queria surpreender-te, tapando teus olhos, deixando que sentisses a maciez dos meus dedos sobre tuas pálpebras e o perfume do meu corpo ser presença dos teus sentidos.
Queria a tua imaginação usufruindo do momento.
Queria o teu corpo, alongando-se para que se colasse no meu, sem que o ar interrompesse o teu poder de me seduzir.
Queria sentir as tuas mãos tacteando procurando descobrir.
Queria que sentisses o calor dos meus lábios passeando no teu pescoço, enquanto o pulsar do teu coração, a tua respiração apressada, se apossavam de mim.
Queria deixar que as minhas mãos fossem descendo, assumida a descoberta, saboreando cada momento que o teu corpo marcava no espaço. Intensamente... vivendo cada poro, cada segundo. Lentamente... moverias o teu corpo, rodando sobre si próprio, sem descolares um milímetro do meu e os teus lábios subiriam ao encontro dos meus esmagando-os, com a doçura do teu amor.
Ah sim, como eu queria a alegria do teu prazer surgido do sabor doce da tua boca, do calor das tuas pernas, do rubor das tuas faces, da paixão do teu olhar. Oh sim. como retribuiria eu com o sol da minha loucura, com a grandeza das coisas simples, desenhando mapas de prazer em cada pedacinho da tua pele, não regateando resposta às tuas preces entrecortadas.
Nada seria tão belo como a pausa entre cada momento que enriquece o seguinte
Depois... o silêncio e o saciar do tempo.
DC
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sábado, 2 de novembro de 2013
DEIXA-te LEVAR
Deixa-te levar
No sonho que nasce
Não te percas a pensar
Deixa tua mente liberta
Porque o tempo de acabar
Não tem hora certa
Ajuizar demais
Cada minuto que passa
Tira-te o prazer dos sinais
daquele que te abraça
Procura viver ao segundo
Sem temer quem beijas
Aproveita estar no mundo
Amando quanto desejas
DC
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quinta-feira, 31 de outubro de 2013
PERDI TEUS OLHOS
Perdi a palavra
O dia-a-dia se enrolava
Procurava teus olhos
Na multidão que passava
Corria as ruas da cidade
Num louco caminhar
E não te encontrava
Em nenhum lugar
Perdi os teus olhos
Como perdi as palavras
Que eles ditavam
Quando me olhavam
Perdi as promessas
Perdi teus olhos
Perdi as palavras
No que agora resta
Fica o silêncio
E tudo o que não presta
DC
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sábado, 26 de outubro de 2013
SEm RUMO AMAndo
Falta-me a suavidade
dos teus lábios
do teu beijo
de toda a tua doçura
Sentir, a emoção que tolda os sentidos,
nos trás tremura
nas pernas
e o desejo
no bater descompassado
do coração.
Sentir, sentir
sentir a emoção
somente
o prazer de te ter
nos meus braços
apenas
naquele permanecer
de prazer
aconchegados
cheirando os cabelos
e olhando sem ver
só te sentindo viver.
Bum, bum, bum acelerando
nas batidas do coração
e tudo fluindo
voando
Perdendo o pé
deixando
o arrepio subindo à nuca
os corpos se soltando
vão
sem rumo
amando.
DC
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quarta-feira, 23 de outubro de 2013
POSSO...não VER os teus OLHOS
Posso não ver teus olhos, mas posso ver tua alma, sentir teu sorriso.
Posso não ver teu corpo, mas posso sentir o cheiro da tua pele.
Podemos não falar, mas sei-te pelo que escreves, pelo que pensas e fazes juízo.
Na verdade sei quem tu és, como caminhas entre a chuva e como te deixas arrastar pela brisa que sopra, sem resistência para que eu te sinta chegar.
DC
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