Surge nos dias
com seu fraseadoem poemaencadeadoÉ seu ritmoum prazerno ler.Rigorosovinho.Perigosoa beberO amordesejosbeijosabraçamas palavrasPoetamaiorescrevepalavrassentindoo sentido(Na realidade)Ideiasescritasque dizemtantodai o lertrazer seuencanto
dc
sábado, 7 de novembro de 2015
pra ELA
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Foto:internet
sexta-feira, 6 de novembro de 2015
As palavras
Sente-se carne a abrir, a dor acerada penetra numa ferida na qual o sangue não corre.
As palavras não cortam, as frases não cortam, mas o que seu significado, substantivadas, ou adjectivadas, o modo e o momento em são ditas tem um poder de produzir dores e feridas bem profundas.
Há momentos em que as palavras têm de ser fortes, suficientemente poderosas, e algumas vezes sim, talvez duras e capazes de magoar, porque só assim, perante a dor, acordamos. São as palavras ditas para abalar consciências, acordar cérebros, desestupidificar gentes, transportá-las para a realidade das coisas, para que não passem ao lado, quando são parte decisão perante as outras violências, mais físicas, mais sociais, mais morais, mais afinal de valores humanistas.
Felizmente, no comum, as palavras usadas são sempre mais funcionais e, sorte nossa, há muitas mais razões para usar as palavras com conteúdos mais doces, mais melodiosos, mais profundos na expressão das emoções, como amor, alegria, paixão, ternura, paz, que bem aplicadas nos momentos certos, ajustadas a cada um, ajudam a enlevar e elevar a mente e o corpo, que nos ensinam, que cicatrizam dores, que alimentam amores, que nos encantam.
Quero mais o sabor das palavras que não ofendem, ou quem as diz não ofende, ou que o conteúdo nelas expresso não magoa, não fere. Gosto quando as palavras se enrolam na boca, pronunciadas como se fossem flores a decorar pensamentos. Palavras com a leveza da brisa, o calor da alma, e que acariciam as nossas mentes reforçando o nosso saber e o prazer de as ler e viver.
dc
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quinta-feira, 5 de novembro de 2015
No meu barco e no meu mar
No meu barco e no meu mar
a oportunidade do nosso navegar
Com a confiança num lugre
resistente a navegar no mar bravio
Viajar em pleno nesse outros mares
onde se geram diferentes falares
Sinto-te de longe, nesse espaço sideral
das paixões adormecidas
Morrendo-te, companheira das agonias alheias,
no correr dos dias na incerteza das ideias.
dc
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-Vila do Conde,
Foto. Diamantino Carvalho
quarta-feira, 4 de novembro de 2015
Na rede das emoções
Na rede forjada fora das emoções, caminhos se cruzam sistematicamente, no perfeito design com que a natureza nos brindou, Somos, com toda a liberdade que nos arbitram, figuras estruturais, com ritmos, ligados à sobrevivência, e nas quais as emoções são parte aleatória que complicam e se vão lentamente alterando, se positivas reforçam, se negativas degradam o sistema que nos sustenta. Difícil é saber reconhecer, que a maior causa dos problemas físicos, está em nós próprios, pela forma errada como nos servimos do próprio corpo, mesmo quando ele nos avisa, as emoções ajudam a agravar esse estado. Resta-nos reconhecer nas dores, do próprio corpo, que nos alertarem do que está errado e depois ter confiança em saná-las com auxilio adequado.
dc
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terça-feira, 3 de novembro de 2015
MeMóRiAs InSaNas
estás lá permanentemente, no sonho, na vida, na memória, nada se desfez na neblina.
está lá, e fica, nos olhos verdes, na coxa grossa e curta, no peito magro e pequeno, na boca gorda e saborosa, na saia que te aperta, nas calças que te desenham, na camisa que te desnuda, no sorriso malandro, no grito intempestivo, no beijo com sabor a Porto, no calor do colo, nos passeios junto ao mar.
está lá, até na vontade de me esqueceres, do mesmo modo que eu evito, tudo fazes para viveres, para não ouvires o meu grito, não te queres abeirar de mim, queres a intensa solidão, chorando por te perderes sem encontrares o chão.
estás lá, no dizer do povo, em marés que se repetem os marinheiros são insuficientes, e eu espero porque sou maré, que cumpro meus ciclos, sucessivamente, chova, ou faça sol, no mar ou em terra, no ar ou no chão, longe ou perto. um dia, reconhecerás, que se perdeu tempo demasiado nas inutilidades, por medo se perder o que na realidade é menos do que nada, e nesse balanço sentir o tanto que se poderia ter mais cedo e sem espera.
as cabanas não trazem o amor, são construídas e recheadas dele.
dc
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Foto. Diamantino Carvalho
segunda-feira, 2 de novembro de 2015
dANÇANDO
Dançavam
Agarrados
Corpos
Amassados
Desejosos
Rodando
Garbosos
Tangos
Boleros
Fandangos
Adentrando
Sentindo
Molhando
Por baixo
Lábios
Tremidos
Pernas
Bambas
Músicas
Bandas
Sorrisos
Olhos
Semi
Cerrados
Por Fim
Separados
Lugares
Retomados
Agora
Acabando
Começando
Enfim
Fado
Saudade.
dc
Agarrados
Corpos
Amassados
Desejosos
Rodando
Garbosos
Tangos
Boleros
Fandangos
Adentrando
Sentindo
Molhando
Por baixo
Lábios
Tremidos
Pernas
Bambas
Músicas
Bandas
Sorrisos
Olhos
Semi
Cerrados
Por Fim
Separados
Lugares
Retomados
Agora
Acabando
Começando
Enfim
Fado
Saudade.
dc
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Foto:via Verórnique Fauré
domingo, 1 de novembro de 2015
os Pés
Os pés
se enrolam
perdidos
desnudos
dela
Pernas
trémulas
coxas
sulco
vénus
Monte
fonte
prazer
medo
segredo
Nascer
prisão
casar
confusão
Não
Recua
pensa
dispensa
prender-se
ilusão
Os pés
fogem
a sete
livres
voam
dc
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