....., que importa se
esconde a lágrima furtiva, o tempo da dor, a raiva contida, o tempo perdido, a
angústia da vida, se o eco não acontecer?
O dizer, perde-se nas almas que se desencontram, na tristeza e desentendimentos, nos abraços que perdem sentido, na carícia que não acontece e se esmorecem os beijos. No dizer há uma procura de resposta, uma recepção à palavra do coração de quem fala, e se esta não surgir tudo se evapora, é levado pelo vento, se dilui no pó comum da terra. O dizer, é a fala que não resulta, se o destino é alguém com a surdez da indiferença às emoções da voz, aos valores expressos, à dor ou alegria de quem diz. O dizer é a necessidade, é o evitar que seja esquecido o que de humano reside em si e, tantas vezes, é a última oportunidade de perceber a linha que demarca o presente e o futuro.
É bem possível que o silêncio escreva melhor, diga com mais profundidade e nos poupe à experiência da resposta como silêncio, no entanto preferimos dizer. Nós gostamos, temos necessidade de dizer, de ouvir a nossa voz pronunciar em voz alta o quanto amamos, ou sofremos, o que nos desgosta, ou anima e engrossar a tonalidade ausentando o medo miudinho que nos prende. Por isso, dizemos quase para nos ouvirmos, afugentando as dúvidas, esperando, ainda que não escutados, nos afastemos das sombras que nos impeçam de sermos nós próprios.
O dizer, perde-se nas almas que se desencontram, na tristeza e desentendimentos, nos abraços que perdem sentido, na carícia que não acontece e se esmorecem os beijos. No dizer há uma procura de resposta, uma recepção à palavra do coração de quem fala, e se esta não surgir tudo se evapora, é levado pelo vento, se dilui no pó comum da terra. O dizer, é a fala que não resulta, se o destino é alguém com a surdez da indiferença às emoções da voz, aos valores expressos, à dor ou alegria de quem diz. O dizer é a necessidade, é o evitar que seja esquecido o que de humano reside em si e, tantas vezes, é a última oportunidade de perceber a linha que demarca o presente e o futuro.
É bem possível que o silêncio escreva melhor, diga com mais profundidade e nos poupe à experiência da resposta como silêncio, no entanto preferimos dizer. Nós gostamos, temos necessidade de dizer, de ouvir a nossa voz pronunciar em voz alta o quanto amamos, ou sofremos, o que nos desgosta, ou anima e engrossar a tonalidade ausentando o medo miudinho que nos prende. Por isso, dizemos quase para nos ouvirmos, afugentando as dúvidas, esperando, ainda que não escutados, nos afastemos das sombras que nos impeçam de sermos nós próprios.
dc