sexta-feira, 8 de março de 2013

MUDA, muda com a gente...



Queria dar os bons dias, no entanto os sons não saem nem as palavras escritas se encontram. Guerreiam-se as diferentes maneiras de pensar, e não consigo chegar a uma conclusão. Quanto de humano tenho, para entender, que tem de haver lugar ao perdão, à compreensão, a aceitar os outros como eles são?

Na verdade não consigo dar a outra face a esses filhos da puta nos governam que todos os dias me roubam, não consigo, inclui-los, no meu bom dia e muito menos perdoar-lhes.

Há pessoas, que se fosse como dizem os crentes na reencarnação, viriam reencarnados de diabos e filhos da puta, (perdoem-me as mães) e teriam de rapidamente que voltar para onde vieram com sacos de gelo, porque se fossem regados a gasolina voltavam de certeza. Eles são tão maus, tão maus, que os ratos não lhes tocam, nem as moscas lhe passeiam o corpo.

Todos precisamos de ter algum dinheiro que chegue para viver com dignidade e qualidade de vida, sem ambições maiores do que sermos humanamente viventes. Pois. Mas há indivíduos que só pensam em acumular dinheiro, que vivem dinheiro, cheiram a dinheiro e dizem que dinheiro atrai dinheiro. No entanto todos sabemos que o dinheiro não se planta, nem se rega. Ele surge, porque fazem dos corpos de uma imensa maioria de humanos a sua terra, do seu sangue a água de rega e o fruto do seu trabalho o adubo com que enriquecem. E o que fazer??? Pergunta-se.

Talvez mandá-los para o Alasca num qualquer Titanic, ainda mais moderno, que os mantivesse bem afastados de todos nós. Para que isso aconteça temos de vender-lhes o nosso medo e ficarmos com a coragem entalando-os de todos os lados, começando pelas ruas, e acabando à porta de suas casas, embalando-os para a feliz viagem.

Por mim, que até tenho pressa, prefiro demorar mais (?) algum tempo, para que todos possamos decidir colectivamente, do que nos apressarmos e ficarmos com o cutelo no pescoço. O 25 de Abril teve muitos cravos, mas hoje temos de os cravar mesmo, na cruz que eles próprios construíram e desta vez sem volta e indemnizações.

quinta-feira, 7 de março de 2013

a CHEGADA é só UM PONTO DE PARTIDA



Tantas vezes no meu escrever, a palavra, caminhar, aparece que me pergunto se sou um peregrino da vida.

Caminho na estrada, na alma, no silêncio por opção, na vida sentida e suas emoções, no desenho que esboço, na tela que pinto, naquilo em que me minto, para não saber se terei de escolher um outro caminho. As rotas são variadas, os princípios confusos, as chegadas nem sempre alegres, na verdade a viagem é o que de bom se vive e nos conforta, para novas experiências e novos ”des”caminhos.

Talvez a palavra “caminhar”, me diga mais do que “parar”, diz o povo: “parar é morrer “, então prefiro toda esta agitação de percorrer os diferentes pisos, de diferentes estradas, porque na verdade a chegada é só um ponto de partida.

DC

quarta-feira, 6 de março de 2013

DIVAGAR SObre A IMAGEM



Divagar sobre a imagem que se nos depara, como se ela nos trouxesse uma estória de vida. Ela, imagem, fala-nos dela, senhora de sonhos...a cor sépia remete-nos para o passado, para a memória...
....na sombra de seu chapéu, largo de cor clara, metade do rosto por vislumbrar. Resta a boca perfeita com lábios dimensionando beijos, mesmo sem saber se em seus olhos se escondem outros desejos. Todo ela encantamento, frágil figura de ombro estreito trás sobressalto a preceito e devora o nosso coração dentro do peito... penso, sonho, ou traição da memória que me arrasta para o presente? E isso interessa?


DC

terça-feira, 5 de março de 2013

AGARRA O ARCO-ÍRIS



Oh, como seria bom, passar ao lado da incerteza e ter mais do que o abraço, mais do que a carícia, mas a certeza de que enrugarás teu corpo ao lado do meu, como se de unha e carne, como se vida e sol, como sal do pranto e da alegria, amor de todo o sempre, mesmo nas angustiadas dores das tenebrosas caminhadas no inferno, que por vezes aos nossos olhos assume o mundo. 
Vai olhando o sol, sentindo a doce brisa do mar, põe o teu melhor sorriso para o dia, arrepela o infortúnio com o teu escárnio, saboreia o caldo da sopa que te resta e acredita que nem todos os amanheceres serão cinzentos. No arco-íris, o cinzento, o branco e o preto não existem, não são cores, são emoções visuais da sua ausência. Na íris dos teus olhos deixa brilhar cada tonalidade da tua alma, sem medo de te revelares, passa aos outros a mesma esperança que em ti queres ver, e sentir, rejuvenescida, a todo o momento. 
Veste o corpo com o teu sentir, deixa que na pele refuljam as diferentes cores adequadas ao momento, mas nunca te vistas das não cores que te arrancam à vida. Acredita que o brilho das cores e suas tonalidades te escorrem da alma os defeitos, as maleitas, e te deixam caminhar em algodão de nuvens, mesmo quando os vidros são o leito.
A coragem, é a força com que enfrentamos os medos e lhes resistimos, até nos sentirmos vitoriosos, mesmo que exangues. 
As mudanças sempre existem, boas ou más, como as estações do ano trazem coladas a si renovação, fazem parte do nosso crescer. Como a árvore que trás no interior do seu tronco, o desenho das espirais do crescimento e o passar dos tempos. Também nós, todos os anos vamos enriquecendo com as alegrias da primavera, o sol do verão, o cair da folha no Outono e a chuva que nos lava e nos prepara para uma nova fase. É este um facto da vida, que nos deve deixar confiantes e esperançados no dia que hoje vivemos, com a certeza que enriquecerá certamente o amanhã se assim continuarmos a pensar.
DC

domingo, 3 de março de 2013

SER SOLIDÁRIO


O que será necessário acontecer para que todos nós saibamos quanto é importante sermos solidários humanos abertos às emoções. Pôr de lado egoísmos e interesses, pensarmos sociedade una nos valores que nos trazem a diferença das pobres bestas.

sábado, 2 de março de 2013

em TEU NOME


Deixo-me, pensativa, enredar-me nas formas lisas que me contornam o corpo, deliciando-me com a brisa que por elas desliza, enquanto os pensamentos vogam ao longo das margens da minha existência.

No horizonte, vejo meus sonhos desenharem dias e emoções, aliciando-me a sentir perda de estar aqui. No entanto, nada me demove deste silêncio, só interrompido pelo vibrar do meu corpo, que recupera energias neste sol tão presente com que tu me iluminas.

Vivo o dia de hoje, neste relaxar de cansaço prematuro, de procuras e vivências intensas, de descaminhos tantas vezes saborosos e outros nem tanto. Carrego com prazer este entardecer em que a paz me abraça, e fico vivendo a vizinhança de outras, que se movem dizendo da alegria de serem presentes na amizade com que me aconchegam.

DC


sexta-feira, 1 de março de 2013

Nas SUBTILEZAS DO DIA



Nas subtilezas do dia, o calor do teu corpo neste amanhecer da maciez da tua pele, e o abraço aconchegante de um despedida efémera.

Fica sempre o toque e o cheiro, reservado no subconsciente, para os momentos em que a ausência se faz sentir.

Somos Cruzados numa luta, que não impõe dogmas, mas sobrevivência dos sentires. Tentaremos chegar ao fim sem perder a coragem, nem minguar no esforço de exemplar vontade.

Fica bem. Acompanha o sol dos meus beijos, percorrendo caminhos que os dedos há muito desenharam em teu corpo.

Assim eu gosto de acordar neste sol de inverno.

DC