Hoje o dia foi diferente. De palavras cruzadas, nem sempre as mais adequadas, ou melhor pensadas. No entanto teve algo de bom, foram ditas do coração e vividas com emoção. Por isso, dizer o que se pensa, mesmo que nem sempre de forma acertada, tem a vantagem de não manter ambiguidades, e esclarecer pontos de vista, corrigir mas interpretações. Não deixar a pulga atrás da orelha.
Que bom foi hoje escrifalar...porque ambos ficamos a ganhar
quinta-feira, 22 de março de 2012
HOJE FOI UM DIA DIFERENTE
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Foto: Diamantino Carvalho
terça-feira, 20 de março de 2012
EM NOME DO PAI
Deixei passar dia de propósito. Nunca gostei dos dias da Mãe, do Pai, do Namorado. Foram criados pelo marketing comercial para que se façam vários negócios à volta do assunto. Daí a proposta de serem festejados como se fossem aniversários de factos passados, que marcaram a história de cada e que merecessem ser lembrados.
Parece um contra-senso colocar este texto, mas faço propositadamente. para mostrar mais uma vez porque não gosto destes"dias".
Para mim existem três dias de celebração para os pais, e esses são especiais para cada um conforme o seu modo de ver. Dia em que o nosso pai nasceu, o dia em nós nascemos e os tornam pais todos os dias, e o dia em que ele morreu, são datas de facto memoráveis, pela presença e pela ausência. O resto é conversa fiada.
Assim da partida dum pai.
Partiu definitivamente
Sem retorno
Como tudo o que é finito.
Partiu fisicamente.
Legou-te a vida e o exemplo.
Ajudou-te no caminhar,
No viver
No dar e amar.
Foi presente enquanto pode,
Foi templo
Do teu coração.
Deixa-o partir em paz
Não chores a tristeza
Da sua ida
Só por que te era
Alma tão querida.
Canta de alegria
Por certo ele gostaria
De saber-te viver
Ausência sem nostalgia.
Vive, sê capaz
De renascer e continuar
O caminho que te legou.
Ama como ele amou.
O futuro te há-de dar
Tanto quanto te deu
E um dia te aperceberás
Num leve acordar
Quanto amor tens de seu.
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Foto: Diamantino Carvalho
segunda-feira, 19 de março de 2012
É SÓ UM NÚMERO
Este é um número como outro qualquer, mas poderia ser o das centenas de vezes que peguei no telefone para dizer o que tem de ser dito, mesmo que custe, mesmo que o resultado seja pior do que se espera. Das muitas vezes que fui desagradável com alguém, ou até, das muitas que me sai bem, fui simpático e resolvi algo de forma positiva. Poderia ser o número de passos que conto na caminhada para tomar café, na vulgaridade dos dias. Poderia ser um número das mentiras que ouvi, das palavras de conveniência, das flores que ofereci, das vidas que conheci. Na realidade não é mais do que um número que se aplica matemática e estatisticamente, e que na realidade é um elemento condicionante. "Já te disse milhentas vezes que gosto de ti", Já te disse dezenas de vezes, que isso não se faz", " Mandei-te flores pelo menos, uma vez", " A broa de Avintes, custa três euros. Tudo valores e valorizações, de gestos e atitudes, que se não fossem feitas, evitavam que a nossa vida e as emoções que a acompanham fossem perturbadas. Não é por acaso que se diz "quem corre por gosto não cansa". É que nessas alturas, o tempo, a distância e os custos, não são medidos em número, mas em doses de prazer e emoção
Será melhor esquecermos o número de vezes, e pensarmos mais no que de bom podemos obter. Aquilo que nos agrada repetimo-lo vezes sem conta e de boa vontade, então é isso que devemos fazer. Deixemos a história do "pensa três vezes antes de agir", porque se não tiramos o sal da vida. De certeza que são mais as vezes que ficamos a ganhar do que aquelas em que perdemos.
Já agora... fui eu que disse primeiro!..... nã estou a brincar... ufha...
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domingo, 18 de março de 2012
UM DIA TE FALAREI AO OUVIDO
A armadilha que inesperadamente nos aprisiona, deixa-nos morrer lentamente pela exaustão do tempo. Sentimos-lhes a textura, a cada passagem, sentimos-lhes a marca inevitável da dor. Os nódulos, falam marcas da sua história, e a secura da intempérie, as brechas da sua alma. Apetece encostar o rosto e esperar, que o som da vida regresse e que a passagem do tempo faça o resto. Nem a pena faz sobreviver, nem a folha de outono, fala da primavera. Só o sol com a sua intensidade alimenta a possibilidade de mudança, na sombra ténue que se vai movimentando.Um dia te falarei ao ouvido, do passado sem retorno, e do inicio da primavera
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Foto: Diamantino Carvalho
sábado, 17 de março de 2012
TALVEZ PORQUE HOJE É SÁBADO
Mãos suplicantes, pedindo água.
Na carne, sentida a dor e mágoa
De um tempo que passa sem que a chuva caia
E a vida se vá esgotando, sem encontrar sua praia.
A pele se enruga cada dia que passa
Sem que mais possa fazer
Só lhe resta a esperança de não cair em desgraça
De os pássaros não a quererem ver
sexta-feira, 16 de março de 2012
NÃO TENHO FRASES NEM POEMAS
Quase perdido fiquei / Quando pela primeira vez te vi
Tal a forma como vibrei / Ao sentir-me tão perto de ti
Dei-te ternura e abraço / E o calor do meu desejo
Dei-te o meu coração / No sabor do primeiro beijo
No meu regaço / As lágrimas te caíram
Na garganta como um laço / A dor dos que te traíram
Foste campo do meu fruto / Foste pele do meu beijo
Foste um amor em bruto / A despertar meu desejo
Sonhei coisas impossíveis / Tive esperanças ocas
Em coisas imprevisíveis / Saindo das nossas bocas
Quase perdido fiquei / Quando primeiro te vi
Tal forma com que vibrei / Na imagem que fiquei de ti
Ao encher a minha alma / Sustentava eu o que via
E tu na tua calma / Abafavas a minha alegria
Tanto tempo lutei / Pelo que julgava nosso
Que na verdade gerei / A palavra não posso
Enchendo a boca que amava / A pele que cheirava
Aquela alma me amordaçava / A minha tristeza aumentava
Hoje na serenidade / Que se tem da partida
Encontrei a minha verdade / Na crueza da própria vida
Tudo tem o seu tempo / E a esperança nunca está perdida
De que a qualquer momento / O amor me será guarida
Para ti que foste pele e cheiro / Para ti que pousaste em meu regaço A quem dei por inteiro / No meu coração um espaço.
Não tenho frases nem poemas / Que consigam explicar
Com palavras serenas / A razão de tanto amar
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Foto: Diamantino Carvalho
quinta-feira, 15 de março de 2012
Sinopse de um Poema Erótico
Apetecia-me escrever um poema
daqueles que falam de orgasmos
de loucura e erecção,
de gemidos e fantasias
de corpos suados e de tesão!
Ai... que eu devo estar louca
senão louca, a delirar.
O que diriam de mim
o que me iriam chamar!
Bolas este mundo é uma farsa.
Haverá alguém que o não saiba
o que não sentiu ou experimentou?
E se o não disse foi vergonha,
mas se não disse pensou!
Tanto pudor nessas cabeças
sempre com zelo de parecer mal.
E escondem que o prazer do prazer
mais não é que um acto natural!
Então que se escreva com arte
com minúcia e perfeição,
e que as letras gemam de prazer
que as palavras se orgasmem ao dizer
que o amor também se faz com tesão!
do livro: Um beijo sem nome -Ana Paula Lavado
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Desenho-DC
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