segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

UM DIA, ALGO MAIS ACONTECERÁ...

 

Na partida logo a saudade se instala.
Muitas coisas por dizer, muitas outras por fazer, e aquela sensação de frustração de algo que fica incompleto. O tempo... esse passa a correr enquanto próximos e lento quando longe.

A ausência, preenche-se de memórias muito frescas, as mais sólidas e marcantes ficam, as restantes se vão diluindo com a imaginação e criatividade, pensando a nova chegada e as novidades que trará.

Tanta coisa tem criado e inventado o Homem, e tanto se tem perdido. Tecnicamente modernizados, tecnologicamente preenchidos, no entanto, socialmente e emocionalmente tudo isso nos torna cada vez mais precários e inseguros.

Nos tempos que correm, temos de aproveitar os sorrisos, as palavras, as emoções, os pequenos nadas que fazem o todo. Momentos que não deixam espaço para projectar futuros elaborados, mas que nos fazem manter vivos e sempre esperançosos que um dia algo mais perene acontecerá.

DC

sábado, 5 de janeiro de 2013

LOUCO RISO POUCO SISO



Louco riso
pouco siso
Gargalhada fácil
Gestos absurdos
Confusos
Linguagem
Selvagem
Raciocínio lento
Confuso
Jumento
Menos um parafuso
Sem talento
Lunático
Imagem
Espelho
Vaidade
Selvagem
Copo cheio
Vida vazia
Corpo meio
A vida é azia
Despeito
No ar o defeito
Sem mar
Sem peito
Sem dialogar
Sem julgar
Na verdade
A realidade
É Ignorar

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

ACaba UM ANO ...



O ano acaba no meio de grande hipocrisia e falsidade de inúmeros  políticos e "opinion makers", que mentem há anos prometendo, criando expectativas, na prática tentando fazer-nos perder a esperança e um povo que se deixa enganar porque se perde na mesquinhez da materialidade que o rodeia e das promessas de que amanhã será melhor.

Por muito que queira, não consigo deixar de ser pessimista para com aquilo que me prometem, mas não me falta confiança de que eu mesmo e muitos dos como eu, que são povo, somos capazes de fazer para reabilitarmos a nossa dignidade e sermos Pátria.

Temos de acordar e reagir. É urgente acordar e não deixar que nos submetam aos desígnios dos poderosos.
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ÓPERA MUNDI
02/01/2013 - 15h45 | Marina Terra | Redação
Apesar da crise, 100 mais ricos do mundo ganharam US$ 241 bilhões em 2012
No topo da lista da Bloomberg está o magnata mexicano Carlos Slim, com uma fortuna avaliada em 75,2 bilhões de dólares
Com efeitos avassaladores sobre a população mundial desde sua eclosão, em setembro de 2008, a crise econômica foi bastante positiva em 2012 para os bilionários do planeta, conforme revela resumo anual da agência Bloomberg, publicado nesta quarta-feira (02/02). As 100 pessoas mais ricas do mundo ganharam 241 bilhões de dólares no ano que passou, ou, de acordo com comparação feita pelo jornal Publico.es, tudo o que a Espanha – um dos países mais atingidos pela crise – gastou com aposentadorias, desemprego, saúde e benefícios sociais em 2012. Todas as fortunas juntas somam agora 1,9 trilhões de dólares.
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segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

SIM só isto, PAZ!

SIM só isto PAZ.

Fala-se nesta época de Festas Felizes, Feliz Natal, Feliz Ano Novo. Nunca me esqueço te ti... a amizade nestas alturas está presente... enfim imensas vacuidades que justificam o esquecimento durante trezentos e sessenta e quatro dias. Daí, depois dizermos... Natal é todos os dias... Natal é sempre que um homem quer... e uma outra quantidade de frases, por vezes, vazias e de aparente sentimento. Frases para "inglês ver".

Se calhar cometo o mesmo erro, se falar em PAZ, no entanto, como a procura de a ter é um desejo universal, talvez me perdoem.


Efectivamente peço PAZ para todos. A paz é um bem que nem sempre se consegue com a bonomia, mas com grande persistência, luta, confusão. Na realidade a Paz só se consegue lutando contra o conflito, contra a violência que nos é exercida.


Pedir PAZ, num momento em que todos nós nos sentimos violados na nossa integridade moral e social, na nossa honestidade, tornando-nos a alguns de nós incumpridores das obrigações por nós assumidas, em especial os de ordem económica, é um desejo difícil de cumprir.


Para que a Pátria, que é bandeira de todo um povo, não seja acusada de "caloteira", como dizem os nossos governantes, faz-se com que todos os filhos da Pátria sejam caloteiros uns com os outros, e não encontrem PAZ que os deixe dormir de consciência tranquila.


Quero que todos vós, os que são povo, amigos e familiares, encontrem a PAZ que tanto desejam, mas que o façam não pela cobardia da cedência, em relação ao mais forte, mas pela convicção de obter na força da justiça aquilo a que justamente têm direito.



DC

domingo, 23 de dezembro de 2012

NA VASTIDÃO IMENSA DO CÉU...



NA vastidão imensa do céu, o caos das nuvens nos alertam para tempestade que se avizinha, nada estava previsto de igual modo todos nós fomos apanhados na corrente do Universo.

Quem somos nós, os falantes? Porque assumimos este corpo, esta pele, esta mente? Quem somos nós no seio de um Universo que nos sabemos inseridos? Mas qual Universo, porque lhe chamamos tal?

Que certezas temos de que somos mais do que alguém, ou menos de que um qualquer ninguém, que por sinal assim pensamos por desconhecer.


Olho a imensidão do mar e fico-me perdido sem saber o porquê de tal grandeza. Olho o céu e perco-me nas estrelas, aquelas luzinhas que me fazem lembrar casas de Aldeia perdidas nas serras, onde existe a consciência de haverem mais, mas não fazem parte do todo.

Interrogo-me no absurdo, procurando saber porque somos falantes e não ladrantes, ou piadores como passáros voadores, ou até guelrreados peixes em mares diversos. Quem decidiu? Quem à luz da razão entendemos ter construído espécies. Que razão se deve a massa de que somos feitos, as razões do nosso sentimento, das nossas iras, dos nossos egoísmos? Dizem, somos humanos e eu pergunto-me que raça é essa de onde surgiu, se nem percebemos porque tudo se pariu.

Por momentos abstraio-me de mim próprio saio do meu corpo e olho-me envolvendo-me. Tento ver as figurinhas que desenho nos espaço sempre que me locomovo, tento ver-me próximo dos outros e qual a minha interacção com os vizinhos concomitantes. Pasmo de ignorância, não sei a razão de quem sou e ao que venho, nem porque neste mundo eu existo. Mundo? Qual mundo, se o conceito é meu, e de outros que assim lhe chamaram, dando-lhe abrangência maior do que as nossas mentes podem abarcar?
Não, não estou louco, eu penso-me ínfima bactéria no emplastro doentio da existência e daí questionar das razões de tanta violência se todos ignoramos de onde nascemos, onde estamos e porque partimos para um qualquer lugar.

Riam-se do absurdo destas congeminações, é melhor, talvez se caíssem no mesmo erro do que eu, possivelmente seriam internados num qualquer hospital psiquiátrico, acusados de esquizofrenia súbita.
DC

sábado, 22 de dezembro de 2012

A NOITE TRÁS OS MEDOS

 


A noite trás os medos
A noite revela a nossa vida mais escura
No meio dos sonhos e seus segredos
Escondidos na lonjura

Na noite tememos, se difícil é o acordar
Que no dia-à-dia que percorremos
Se perca o que queremos acreditar
Com tanto pesadelo que vivemos 
Ao deitar, o dia e o seu labor pesam
Porque nem sempre de feição
Não chegam as preces que se rezam
Tem de seguir o coração

Adormecer sem mau madrugar
Está na génese da vida
O que temos é de acreditar
Na oportunidade de ser vivida

DC

HÁ CRIANÇAS COM FOME

    Quantas mais crianças terão de morrer com fome??


Vivo num país em que me recuso
a aceitar quem manda por abuso
Sinto-me um pária da vida
Desde que perdi o fio à meada
De uma pátria que morre na madrugada

Vivo a dor de muitos nesta pátria assolada
Por gente vagabunda que a diz governada
Com a austeridade da Troika que o povo anda a pagar
Dizem eles terem vindo só para ajudar o que não é de fiar
Pois gente que sempre “enricou” com grande facilidade
Passa a vida discursar falando em liberdade

Um fim tem de ser dado a tanto desaforo
Dos ladrões que à pátria roubam sem qualquer decoro
Tudo o que nela se construiu foi trabalho das suas gentes
Não a podemos deixar agora à mão de incompetentes

Gente a quem liberdade e democracia
Há mais de trinta anos pelo povo lhes foi dada
Sem nunca deles receber nada
Ao povo foi prometido o paraíso
Um futuro, uma vida melhor
Mas o que recebeu foi sempre do pior
Não somos povo nem pátria
Somos escravos sem opinião
Trabalhando, ganhando pouco, para ter algum pão

Oh! Meu Povo não te deixes enganar
Tens de perder o medo e sair à rua para lutar

Hoje diria como outrora o revolucionário
Pátria ou Morte venceremos?

DC