quinta-feira, 30 de agosto de 2012

VILA DO CONDE, visitar é obrigatório



Passeamos por Vila do Conde, neste último Sábado de Agosto. Estava um dia de sol belíssimo, embora de vez em quando algumas nuvens fizessem a sua aparição, só serviam para realçar a beleza do céu vestindo-o de onde em onde, sem afectar o prazer de usufruir a luminosidade, que enriquecia o que se observava.

Neste nosso caminhar fomos fazendo umas fotografias, apreciando o ar arejado e limpo da cidade, com bastante espaço verde, as ruas nas zonas mais antigas com imensas casas recuperadas e com ar fresco que as floreiras ajudavam a alegrar. A zona Ribeirinha, a Praça das Descobertas, a Capela do Socorro, os Jardins, a Nau quinhentista, a Foz do Rio Ave, tudo lugares que deslumbram, e nos quais vale a pena passar um tempo apreciando toda sua beleza e singeleza. Fica aqui o recado, é uma cidade a visitar sem qualquer reserva, e onde não faltam lugares bem agradáveis para tomar uma bebida ou uma refeição.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Uma EstÓriA InAcabadA


Chegaste com a esperança
Partiste com alma assombrada
Ficando na lembrança
Uma história inacabada

Tanto há que é preciso dizer
Tanto há que esclarecer
Sem saber porque decidir
O que irá acontecer

Muito há a viver
Muito tempo de aprender
Entre as noites de espanto
E horas de encanto

Planando entre beijos
E carícias subtis
Na subtileza dos desejos
Com a alegria de um petiz

Gozar o momento de liberdade
Que ficará como saudade
Gozar cada segundo
Não fosse ele o último neste mundo

“Pequeno-Almoço, Precisa-Se!!!”


Sábado dez horas da manhã Agosto. Saímos de casa com a intenção de tomar um pequeno almoço, gostoso, numa das muitas e belíssimas confeitarias de Matosinhos fugindo assim aos sítios onde habitualmente íamos.
Dirigimo-nos para o “M”, estava fechado, para o “E”estava fechado. Deixamos o carro no estacionamento, e tentamos o “R”, fechado. Andamos mais um pouco e nada, tudo fechado. Agora onde ir? Vamos para o carro novamente e circulamos mais um pouco “D” fechado. Nesse nosso circular vamos reparando também nos múltiplos restaurantes fechados. Por fim, em desespero de causa, aí vamos nós para o “A”, que não queríamos, mas teve que ser.
Enquanto mastigávamos um croissant enorme, não à francesa, mas bem à portuguesa carregado de açúcar, analisamos o acontecido. O que faz com que todos escolham o mês de Agosto para passar férias?

O mês de Agosto é o mais calmo na cidade, porque essencialmente os que andam nas ruas são, os que vêm passar férias, sejam eles nacionais ou estrangeiros, os que frequentam as praias e os que não querem nem podem deixar de trabalhar nestes meses de férias. Se pensarmos bem, o mês de Agosto é o melhor para se visitar a cidade, para trabalhar e viver sem stresse. O número de carros é reduzido no centro da cidade, e todos os serviços, excepto os ligados às necessidades dos emigrantes, praticamente estão desertos.

Segundo dizem governantes e especialistas, há que aproveitar e dinamizar o turismo para entrarem divisas e desenvolver o país. Pode-se observar que na crise existente, em termos de sacrifícios tem afectado a maioria dos empregados, e parece não afectar os responsáveis pelo fecho das empresas ou estabelecimentos, pois estes se arrogam no direito de terem férias como os outros em Agosto(????). Afinal há crise ou não há? Afinal o turismo interessa, ou é só para “ inglês ver”?

Se em algumas indústrias, não afectam as férias em Agosto, muitas outras existem em que o seu fecho é uma perturbação.

Penso, mais do que nos tirarem feriados, seria importante estabelecer uma estratégia, de distribuição dos meses de férias de molde a beneficiar o turismo e o país, não se tornando num espaço deserto que se visita. Talvez assim se trouxessem benefícios efectivos às várias áreas de intervenção comercial e produtiva.

Naquele dia quase me apeteceu gritar, “Pequeno-Almoço precisa-se!!!”

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

QueM EspeRa DesesperA


Ali estava eu sentado no cais da Estação de comboios, após a correria através da cidade, para chegar a horas. Tudo fiz para cumprir o horário e não deixar que me esperassem olhando espaço desconhecido, tristemente vazio, onde é comum esperar que nos recebam.

A voz do altifalante comunicava: “o comboio proveniente de Faro com destino ao Porto Campanhã com chegada prevista às doze e quarenta e quatro, traz um atraso de cerca de quinze minutos, estando a chegada agora prevista para as doze e cinquenta e oito minutos”.

Afinal, fui eu que fiquei esperando a chegada prevista na estação semi-vazia. de nada servira a corrida contra o tempo para cumprir horário. afinal era eu que teria de controlar a ânsia da chegada, desse alguém que há muito esperava. era eu que ficava com o olhar vago olhando o espaço semi-deserto da estação, perdido nas conjecturas de um chegada que ainda não acontecera.

Se a chegada fosse na hora prevista, toda a tensão teria desaparecido. A correria para estação, o tempo de espera quase nulo e alegria da chegada não deixariam lugar aos pensamentos, só ficaria o atordoar do encontro de ambos ao mesmo local, onde há muito estava previsto o seu chegar. A estação vazia, ou cheia, pouco significaria, pelo prazer do reencontro. Os pensamentos e seus juízos seriam feitos, se houvesse tempo para isso, à posterior.

Assim não aconteceu. os nervos, o olhar na distância no ponto onde as linhas do comboio, paralelas, parecem encontrar-se, como que esperando alguém que chega do infinito como se saísse do nada. os pensamentos, a ânsia, o mexer irrequieto das mãos, o caminhar, sentar, levantar, olhar o placard electrónico com os horários, observar os outros que nos observam e que sucessivamente são observados pela mesma perturbação. Alguns falam para os viajantes através do telemóvel essa maravilha da modernidade: “Onde estás, na ponte? O quê ainda não passaste a ponte, mas aqui dizem que estás a chegar?....Não viste nenhuma razão para o atraso... beijo até já. É assim que decorrem os quinze minutos. Mesmo sabendo que a culpa do atraso não é nossa, mesmo sabendo que quinze minutos é um curto espaço de tempo, nada nos acalma nada atenua a nossa irritação, nem nos leva aceitar com bonomia “é só um pequeno atraso do comboio ponto final”, naaa puts, q os pariu...raios.. se quase não tem movimento e há atraso o que seria se... dasss... e um chorrilho de asneiras acompanha o pensamento que afinal não deveria ter acontecido.

Não fora o prazer do beijo da chegada e o abraço imenso do reencontro... e não perdoaria à CP não ter cumprido o horário.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

venDo O MUNDO De Outra COR


O mar se espraia no areal
E o barco navega velas ao vento.

Leva o mar, nas suas marés
a vida ao sabor do cata-vento.

Leva o barco a dor real
E da alma o sofrimento

Ficamos com a sereia
Cantando no coral

Despojando o corpo
Na suavidade do areal

Sonhando ilhas de amor
Vendo o mundo com outra cor

"OUVER". ReLAXAR - Chillout





O Chill out ( ou chillout) termo derivado do calão para a palavra “relaxar” em inglês. É um tipo de música electrónica com o conteúdo invulgar, onde se misturam sonoridades de diferentes estilos musicais, que nos trazem reminiscências do passado, fazem-nos viver o momento e nos projectam para um futuro desconhecido. É uma experiência única, só temos de nos deixar levar, cerrando os olhos, ou olhando no vazio, percorrendo um caminho sem chão.

A música entra pelos ouvidos apossando-se de nós fazendo-nos vaguear por vários mundos reais e virtuais,ou melhor dizendo para outras paragens. A tendência é voar, entre o algodão das notas musicais, as melodias, o céu no seu infinito e a imaginação sem limites, com cenários inverosímeis . Quanto mais ouvimos, mais distinguimos as diferentes nuances, criamos uma maior distância para com os outros ruídos que à nossa volta existem. Vamos caminhando para um silêncio de tudo o que não seja a sonoridade da música em escuta.

Muito tempo depois quando a música desaparece, o silêncio torna-se ainda mais profundo e sem percebermos porquê somos arrastados para um outro “estar” de introspecção, para o desconhecido, que a nossa mente não consegue discernir e por vezes nos leva a beliscar a pele como se quiséssemos saber se ainda estamos neste mundo.

domingo, 19 de agosto de 2012

Levar de vencida esta árdua luta

Apatetado meio louco
Fica olhando e meio mouco
Sem saber o que definir
Sem saber o que está para vir
Se frases bem sabidas
Se coisas descabidas
Não vê razão dos pássaros no chão
E da tremedeira que sente o coração

Abstracto o comportamento
Com figura qual jumento
Espera que quem o esclareça
Faça com que permaneça
Em sua mente a certeza
Que mesmo não sendo da realeza
Merece seu esclarecimento
E com a verdade faça juramento

O mundo, a vida, a existência
Trocam-lhe os dias e as vivências
Fazem-no perdido no espaço
No coração o frio do aço
Perdido em raciocínio mordaz
Sem acreditar fazer mais do que faz
Assim vai andando em tempos de crise
Protestando para que a verdade se realize

Nem sempre consegue nesse luta insana
Que mude a mentalidade desta gente bacana
Pois cada dia que passa de austeridade
Maior o número de pessoas na precariedade
Todos com medo o emprego querem proteger
Na realidade todos os dias tudo estão a perder
É preciso capacidade de sacrifício e labuta
Para levar de vencida esta árdua luta