Te sonho perdida neste meu pensar,
Nesta alma ferida de muito te amar.
No chão da terra prostrada, deixo-me ir
Nos sonhos esquecendo teu partir.
Não sou santa, nem de nome, Maria
Nem ingénua, talvez, quanto queria
É só meu coração, com sua nostalgia
a te ver regressar num novo dia.
dc
segunda-feira, 30 de março de 2015
TE SONHO PERDIDA
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Foto: web
sexta-feira, 27 de março de 2015
Na noite adormecida....
.... insinua-se o silêncio, repousam os sonhos e acordam-se fantasmas.
Entro na cama, em pezinhos de lã, procurando teu aconchego, o conforto do teu calor, a sedução da tua pele, e o prazer de te abraçar eternamente, como se desaparecessem os limites do mundo e ficássemos em céu aberto, olhando as estrelas. Inconsciente, não te dás conta, e deixas-te imobilizar em meus braços encostando tuas costas ao meu peito. Sinto o cheiro do teu corpo, o cabelo sedoso, o teu respirar leve, a fragilidade aparente de toda tu, ali, minha. Sem posse, é amor límpido.
Tenho medo de te perder, quando a noite te leva mais cedo arrastada pelo cansaço. Eu fico sentado, na sala vazia, sem ti, A angústia me aperta. É aí que os fantasmas se apoderam de mim, A mente julgando todos os gestos menos pensados, as palavras que não foram ditas, o apoio que nunca me falta, o teu sentimento que engloba todo o amor que possuis dentro de ti e me transmites.
Talvez esse teu adormecer antecipado, tenha toda a razão de acontecer, é ele que me alerta para te amar, como adoro fazer, e me faz entrar devagar, devagarinho no nosso leito, te abraçando de mansinho, afastando as dúvidas trazidas no peito.
dc
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Imagem: Diamantino Carvalho
terça-feira, 24 de março de 2015
EU fiz a minha Primavera...
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Foto:Diamantino Carvalho
domingo, 22 de março de 2015
Não foi por acaso
A doce expressão que saía dos teus lábios, era um beijo sobre os meus.
Os dedos que me estendias e inesperadamente me tocavam, eram o acordar dos sentidos.
O corpo que em ti via, possuía a ondulação do mar em meu desejo.
Tudo recíproco, a cada instante, reflectido em teus olhos, no intervalo de cada beijo.
Assim, ficava eu vagabundo, sem limite no desfrutar,
todo o tempo era pouco para nos meus braços te amar.
dc
O acaso é uma palavra sem sentido.
Nada pode existir sem causa.
Voltaire
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Foto:internet
sábado, 21 de março de 2015
Uma estória com " Tronco e Membros"
Errática, desgarrada como alma sem horizonte, implantou-se no meu céu. Com amor me dediquei a fazer dela mais do que um ser sem rumo.
Sem deixar que o temporal a devorasse, acompanhei-a nas estações sempre que a elas chegava, e mesmo quando parecia perdida, um pouco de água lhe abeirava para que se recompusesse.
Sei que ela não me reconhece tão forte dedicação. No entanto, mesmo sabendo-a distante, não deixei de a ter presente nas imagens que me proporcionou.
Os pássaros precisam de seus galhos e o ar da sua respiração, e eu, sirvo-me dela, para encontrar a paz de espírito e dar azo à emoção.
DC
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Foto. Diamantino Carvalho
quarta-feira, 18 de março de 2015
NUMA MANHÃ ENSOMBRADA
Um dia, lá longe,as palavras que encontrei na manhã ensombrada, tinham orvalho nos olhos e na boca uma curva apertada:
Esperei
que o teu canto
chegasse
levando-me
como em sonhos
e neles encontrasse
a paz dos teus olhos risonhos.
Sentir-me voar
na tua luz
pondo fim à escuridão
alegrando meu dia
afastando a solidão.
Tal como o passarinho
no seu canto alegre
transforma
todo o cinzento em verde
e no seu voar
da vida não se perde
DC
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Foto.Internet
sábado, 14 de março de 2015
Uma caminhada solitária
Quanto de frio tem a caminhada solitária que encetamos? Por um tempo percorremos a trilha, que nos leva a lugar nenhum, para descobrirmos o que nos consome?
A certa altura, depois de muito já andando, apercebemo-nos e pensamos “ainda sei menos agora do que quando comecei”; daí o incentivo a continuar caminhando, procurando formular as perguntas certas, para encontrar as respostas às nossas interrogações? O que nos leva a partir? O que nos faz mover, ou o que procuramos? O que iremos descobrir sobre nós, ou sobre os outros? Se iremos renascer com experiência, ou encontrar um outro rumo?
As paisagens são diversas, praia, campo, montanha, caminhos bons e maus, fauna e flora variada, pessoas, climas variando com o calor, os ventos, o frio, os rios que correm, as marés que se agitam, e o céu negro ou azul recortando os pássaros. Tudo isto colocando expectativas várias, desilusões, alegrias, nostalgia, Percepção, por ausência, da qualidade dos sentimentos que nos envolvem, quando dos abraços, dos beijos, das carícias, da presença dos amigos, da família, do amor e das vidas que se percorreram até ao iniciar daquela aventura.
Num momento, de uma qualquer paragem, chegamos à conclusão, que se não tivéssemos vivido o que vivêramos até à altura em que partimos, não teríamos feito a caminhada à procura do melhor do entendimento sobre nós próprios. Talvez seja esse individualismo, o fazer por nós próprios, esse navegar com o mapa das incertezas, que nos trás essa capacidade de resolver sem peanhas, as diferentes situações que se nos deparam, Avançando a pesar dos medos, ganhando estrutura, solidez e capacidades para a partilha com os outros.
Às vezes, algumas pessoas têm dificuldade em reconhecer, que nem sempre, quando se lhes apela à decisão individual, à iniciativa, as estão a colocar de lado, antes pelo contrário é por amor, companheirismo, ou amizade. Aquele que sugere esse caminho, normalmente, está sim, a abrir uma porta, que com o tempo, trás o conforto da descoberta da própria individualidade, o seu enriquecimento espiritual, a diminuição de dependências, capacidade de cooperação voluntária para viver o presente e projectar o futuro.
DC
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Foto: Hengki Koentjoro (net)
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