dc
segunda-feira, 13 de agosto de 2018
Na página do dia
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Imagem: Olhos muros | net
domingo, 12 de agosto de 2018
Tempo das flores
Como celebrar depois de tanta ausência,
tanto vazio, nesse desaparecimento total, sem volta, se não ir ao mar lançar as
flores como oferenda e agradecimento, por me teres permitido acordar da tua
dúbia existência.
Ali, arrastando os pés
descalços sobre o areal, já não sentia a angústia da tua partida, nem a dor que
tinha ficado. A paz lentamente se ia
instalando. Nada se perde tudo se transforma, é um facto. O tempo dá cor à
verdade e ajuíza a sua justeza. As flores serviam para te agradecer, por teres
um dia passado pelo portal da minha experiência e me teres enriquecido, ao
viver a existência tendo-te por perto. Quanto mais não fosse, para perceber que
nem sempre a primeira impressão é a que marca os dias que se seguem ao primeiro
beijo, ao primeiro abraço, à primeira vez que fizemos amor. Foi o tempo, aquilo
que menos aproveitamos, que melhor desenhou o destino do que vivemos. Não
existe arrependimento, tudo o que vivemos tinha de ser vivido, ponto.
Beijo.
Um dia nos encontraremos, se houver o outro lado do mundo, onde dizem já não termos percepção
do tempo, nem da sua duração marcada pelas horas do relógio, e então poremos a
conversa em dia.
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Foto:internet
sábado, 4 de agosto de 2018
Ao Nascer do dia
E porque hoje é sábado e o
tempo é nosso, e para que a vulgaridade não se instale, revoluciona-se
começando no nascer do dia, antes de haver lugar ao descanso. Prazeroso rosa
carne, nesse centro do universo, na oralidade desse jeito de amar. Deixar a
rotina do exercício samaritano, procurando outras formas de leitura e compreensão
do corpo, enriquecendo a diferença, libertando os sentidos, alimentando
trejeitos, arabescos, odores e zonas tórridas, aglutinando tudo desde a maciez
aveludada que se degusta, à vibração da alma no cume materno.
E por gostar, se repete o
ciclo do fazer, até que a exaustão nos consuma, e nos deixe letárgicos perdidos
de memórias e tempo de existir.
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Foto:internet
Recordar
Perante
a mudez dos livros, que não lhe respondiam, embora companheiros nas horas de
solidão e silêncio, decidiu passear pelos arquivos fotográficos, fugindo da
inércia do sofá e das imagens da TV. Foi observando os vários arquivos e suas
subdivisões. Ao fazê-lo reparou que “ela” se encontrava por lá, marcando seu
espaço, em quantidade e variedade. No entanto, agora, não sabia como
atribuir-lhe uma referência de identificação. As tomadas de imagem eram várias,
umas tiradas perto, outras mais distantes, umas coladas a sorrisos, algumas nem
por isso, umas mais vestida, outras menos. Algumas, conhecia a origem, fotografou-as
ele, muitas outras, alguém terá sido, isso também não lhe importava, eram
imagens. Nas imagens que ele fizera, sabia o que procurava, o momento que descreviam,
a estória que contavam, ou se um simples registo do corpo, realçado pelos
traços do lugar. Eram imagens pensadas para cumprir uma função, enriquecidas por uma hierarquia
baseada na qualidade do registo e da motivação. A ideia era ficar com elementos
de memória, que dessem suporte às vivências passadas, sem que a verdade e a
realidade dos acontecimentos fosse perdida.
Manteve-as no arquivo. São resíduos contra a amnésia.
Manteve-as no arquivo. São resíduos contra a amnésia.
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Foto:Diamantino Carvalho
terça-feira, 24 de julho de 2018
Interessante
“É quase uma epidemia ver tantas
mulheres inteligentes e atraentes, solteiras”
Ela:
< Conta-me coisas...que aches interessantes
Ele:
> Interessante, é estarmos aqui a conversar depois de tanto tempo...(respiração funda, pensamento retrospectivo)
> Interessante, é estarmos aqui a conversar depois de tanto tempo...(respiração funda, pensamento retrospectivo)
> Interessante, é saber que estás bem.. ...(respiração
funda, pensamento retrospectivo)
> Interessante, hoje, foi ter ido parque, caminhar pelo
meio das árvores e estar 16 horas sem falar com ninguém;
> Interessante, é sentar-me no banco de jardim e perder a
noção do tempo e espaço sonhar e perder-me no sonho;
> Interessante, é pensarmos o que cada um entende por
interessante no contexto de cada um, ou no contexto comum entre nós... ...(respiração
funda, pensamento introspectivo)
> Interessante, é eu pensar-te, desenhar-te no espaço e ter medo de perder as linhas e a cor... ...(respiração fundaaaaa, pensamento retrospectivooooooo)
> Interessante, é continuar a ter prazer na leitura, quando as coisas não se tornam interessantes.
> Interessante, é eu pensar-te, desenhar-te no espaço e ter medo de perder as linhas e a cor... ...(respiração fundaaaaa, pensamento retrospectivooooooo)
> Interessante, é continuar a ter prazer na leitura, quando as coisas não se tornam interessantes.
> Eis algumas coisas, que partilho, talvez interessantes.
> E tu que tens de interessante para me dizeres?
Ela:
< Tu afinal o que esperas de mim?
Ele, pensando:
> Ufa, Isto é que é um monólogo interessante....
> E tu que tens de interessante para me dizeres?
Ela:
< Tu afinal o que esperas de mim?
Ele, pensando:
> Ufa, Isto é que é um monólogo interessante....
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