No silêncio da casa, a música
ressoa reflectida pelas poucas paredes ausentes de livros. A sua sonoridade
adentra pelos pensamentos e traz emoções várias, transporta-me para a carruagem
dum comboio de sons, numa viagem de um único destino sem paragens intermédias.
Sinto que os olhos se fecham, as imagens desenham-se na mente de uma forma
quase real. Por que não me deixar ir, como se de meditação se tratasse. O
pensamento, viaja e cria cenas sucessivas, com gentes e lugares diferentes, numa
vertigem de acontecimentos que parecem encaminhar-nos para respostas que de
algum modo quero saber. Os acontecimentos e as frases visuais parecem querer
mostrar algo imensurável, a tensão interna aumenta, mas algures no cérebro,
como se existisse uma chave de código, condiciona o acesso, e estabelece o
limite até onde ir. Surge a necessidade de abrir os olhos e rapidamente
encontrar um chão, como uma espécie de apneia, ou um aviso de que estamos a
passar os limites do que devemos conhecer, sobre nós, ou do mundo que nos
envolve. Uma caixa de Pandora, que aberta irá trazer-nos para um mundo que nos
modificará a existência.
Olhos bem abertos, uma sensação indescritível, assenhora-se do corpo, com a estranheza e um desconforto que me divide entre o que deveria ter descoberto e um medo fundo das consequências caso isso tivesse acontecido.
Viver o ser humano que somos ainda está longe do nosso conhecimento. Não falo, daquilo que alguns chamam de vidas passadas, mas sim da capacidade de armazenamento de conhecimento acumulado, que dentro de nós reside, e, parece impedido de surgir à luz do dia, temendo pela nossa sanidade, ou onde poderíamos chegar com tal conhecimento.
Olhos bem abertos, uma sensação indescritível, assenhora-se do corpo, com a estranheza e um desconforto que me divide entre o que deveria ter descoberto e um medo fundo das consequências caso isso tivesse acontecido.
Viver o ser humano que somos ainda está longe do nosso conhecimento. Não falo, daquilo que alguns chamam de vidas passadas, mas sim da capacidade de armazenamento de conhecimento acumulado, que dentro de nós reside, e, parece impedido de surgir à luz do dia, temendo pela nossa sanidade, ou onde poderíamos chegar com tal conhecimento.
dc