O corpo leva-me ao encontro da brisa, do
cheiro da maresia, que inspiro como um animal selvagem, enchendo os pulmões de
oxigénio, inebriando-me. Eu corro
ao longo dos pensamentos que as ondas do mar renovam. Não acelero a passada,
deixo os pés entrarem na areia sentindo a humidade da orla da água, o chapinhar
soa aos meus ouvidos como uma canção, dando ritmo e pausando as batidas do
coração. Ali amenizo todas as tensões, afasto problemas, encontro-me frente a
frente comigo próprio, minimizando cansaços e todas as dores.
Na minha mente repete-se, como um estribilho: vieste do mar até mim, é no mar que procuro esquecer-me de ti. É possível que tenha de ser assim, este procurar na raiz, a solução.
Foi junto ao mar que pela primeira vez me extasiei com o teu corpo e te vi quase nua, seduzido por cada curva e contracurva que o delineavam. Foi uma loucura o prazer de beijar os teus lábios quentes pelo sol e pelo desejo. No mar lavámos o corpo depois do amor e respirámos o ar cheio de odores diferentes, carregando as energias, descansando no areal, sentindo aquele arrepio gostoso do contraste do corpo enregelado pela água e o calor do sol esquentando a pele. Não ficávamos ao sol para ficarmos morenos, mas para gozar aquele quente e frio. Por vezes repetíamos tudo desde o início, até sermos tomados pelo cansaço, que nos tornava lentos, dengosos, aliciando a ficar inertes e esparramados na areia. O caminhar no regresso, ao fim de tarde, era penoso, pelo cansaço e, porque o sol se pousava no horizonte fazendo-nos sonhar com a sua beleza, mexendo com as nossas emoções.
Agora, aqui estou eu regressado junto do mar, fazendo a catarse, tirando dentro de mim, todos os resíduos negativos deixando-me purificar, como se o mar fosse um soro que repara todas as anomalias. “Aproveito e corro ao longo dos pensamentos que as ondas do mar renovam” deixando-me livre para renascer.
Na minha mente repete-se, como um estribilho: vieste do mar até mim, é no mar que procuro esquecer-me de ti. É possível que tenha de ser assim, este procurar na raiz, a solução.
Foi junto ao mar que pela primeira vez me extasiei com o teu corpo e te vi quase nua, seduzido por cada curva e contracurva que o delineavam. Foi uma loucura o prazer de beijar os teus lábios quentes pelo sol e pelo desejo. No mar lavámos o corpo depois do amor e respirámos o ar cheio de odores diferentes, carregando as energias, descansando no areal, sentindo aquele arrepio gostoso do contraste do corpo enregelado pela água e o calor do sol esquentando a pele. Não ficávamos ao sol para ficarmos morenos, mas para gozar aquele quente e frio. Por vezes repetíamos tudo desde o início, até sermos tomados pelo cansaço, que nos tornava lentos, dengosos, aliciando a ficar inertes e esparramados na areia. O caminhar no regresso, ao fim de tarde, era penoso, pelo cansaço e, porque o sol se pousava no horizonte fazendo-nos sonhar com a sua beleza, mexendo com as nossas emoções.
Agora, aqui estou eu regressado junto do mar, fazendo a catarse, tirando dentro de mim, todos os resíduos negativos deixando-me purificar, como se o mar fosse um soro que repara todas as anomalias. “Aproveito e corro ao longo dos pensamentos que as ondas do mar renovam” deixando-me livre para renascer.
dc